segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Como um anjo caído, fiz questão de esquecer

Nunca vivi um momento tão bom e tão ruim em minha vida. Uma gama de acontecimentos bons e ruins superlotam minha mente. Hoje a felicidade, ao amanhecer a tristeza... e por fim a felicidade insiste em voltar.

Em meio a isso tudo, vem a sensação de "humanidade" que pousa em mim como um corvo que traz desgraças. Eu sou um ser humano. Eu minto, eu machuco meu semelhante, eu consigo enganar. Posso até mesmo não ser eu mesmo. Eu blasfemo, eu me iro, e na maioria das vezes sou orgulhoso e prepotente. Isso me faz cada vez mais um ser humano por convicção.


Hoje é um dia que costumo celebrar a grandeza da estupidez humana. Um dia que segue a data de morte do poeta Renato Russo. "Só duas coisas podem ser entendidas como infinitas: o universo e a burrice humana, mas não tenho certeza da primeira". Já li isto em algum lugar.

Sabe quando você nao consegue perceber se realmente gosta de alguém? Sabe quando você quer muito a presença de alguém que não está presente, mas quando essa pessoa está presente, ae você não quer mais ela por perto? Sabe quando você tem medo e dívidas sobre seus próprios amigos? Sabe aqueles momentos em que você tem medo quando alguém bate a porta? Estou vivendo tudo isso ao mesmo tempo. E eu sei qual é o responsável por esse medo. É o futuro. Tememos o futuro. Parece que a morte insiste em bater em nossa porta, mas a gente nao percebe os livramentos. Só no dia que a pessoa morre, ae sim, neste dia se entende que "chegou a hora".

Quando chegará a hora exata de toda a humanidade sumir e parar com suas maldades e atrocidades?

Chega, estou sem um mínimo de inspiração.

"Como um anjo caído, fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira"