sexta-feira, 25 de julho de 2008

Segurança pública = insegurança social





Tendo uma constituição utópica e totalmente fora da realidade levando em consideração o artigo 144(A segurança pública, dever do Estado...) faz com que haja total descrença e desconfiança de toda a nação, pois até os incumbidos de tal dever estão mudando de lado.
Ultimamente fomos bombardeados de notícias de policiais que matam inocentes e crianças, formam milícias, que estão envolvidos com o tráfico de drogas, militares que entregam pessoas a bandidos entre vários outros casos. Fazendo com que a população no lugar de confiar sua segurança no estado, faz é ficar com mais medo, agora não mais somente dos bandidos comuns, mas também dos fardados que julgam ter a lei a seu favor e que a utilizam de modo arbitrário. Diante de tais crimes quase não vemos punições e sim apenas absolvições para estes indivíduos que são revestidos de um dever tão nobre, mas que acabam se corrompendo, essa falta de punição faz com que eles se sintam à vontade de continuar a praticar seus atos criminosos, pois afinal eles são a "lei" e não vai acontecer nada com eles.
Muitos entram pra polícia não para desempenha seu devido papel, mas para somente sentir revestido de "poder" recebido pelo o estado e esquecem de sua missão, por isso surge policiais corruptos, ineficazes, preguiçosos e omissos (claro que não sou todos pois dizer que todo policial é corrupto é a mesma coisa que falar que todas as pessoas que moram na favela são bandidos,
porém o numero de policiais honestos esta cada vez menor, é fato).
Sou a favor de uma graduação para policiais, assim como médicos, advogados, professores. Para que formemos cada vez profissionais dedicados, preparados, com a ética e a moral necessária para ter o direito de exercer tal função honrosamente.





PM na rua, a guarda nacional/ Nosso medo sua arma, a coisa nao tá mal/A instituição está aí para a nossa proteção/Pra sua proteção
Tanques lá fora, exército de plantão/Apontados aqui pro interior/E tudo isso pra sua proteção/Pro governo poder se impor/A PM na rua nosso medo de viver/O consolo é que eles vão me proteger/A única pergunta é: me proteger do que?/Sou uma minoria mais pelo menos falo o que quero apesar da repressão.../é para sua proteção....../é para sua proteção...
Plebe Rude

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A inocência perdida das canções de ninar


Eu, uma brasileira morando nos Estados Unidos da América, para ajudar no orçamento estou fazendo “bico” de babá e estudo. Ao cuidar de uma das meninas, cantei “Boi da cara preta” para ela, antes dela dormir. Ela adorou e essa passou a ser a música que ela sempre pede para eu cantar ao colocá-la para dormir.
Antes de adotarmos o “boi, boi, boi” como canção de ninar, a canção que cantávamos (em Inglês) dizia algo como: Boa noite, linda menina, durma bem./ Sonhos doces venham para você,/ Sonhos doces por toda noite”... (Que lindo!)
Eis que um dia Mary Helen me pergunta o que as palavras em português da música “Boi da cara preta” queriam dizer em inglês: “Boi, boi, boi, boi da cara preta,/ pega essa menina que tem medo de careta...”
Como eu ia explicar para ela e dizer que, na verdade, a música “Boi da cara preta” era uma ameaça, era algo como “dorme logo, senão o boi vem te comer”? Como explicar que eu estava tentando fazer com que ela dormisse com uma música que incita um bovino de cor negra a pegar uma cândida menina? Claro que menti para ela, mas comecei a pensar em outras canções infantis, pois não me sentiria bem ameaçando aquela menina com um temível boi toda noite... Que tal... “nana neném que a cuca vai pegar...”
Caramba... outra ameaça! Agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto! Depois de uma frustrante busca por uma canção infantil do folclore brasileiro que fosse positiva e de uma longa reflexão, eu descobri toda a origem dos problemas do Brasil. O problema do Brasil é que a sua população em geral tem uma auto-estima muito baixa. Isso faz com que os brasileiros se sintam sempre inferiores e ameaçados, passivos o suficiente para aceitar qualquer tipo de extorsão e exploração, seja interna ou externa.
Por que isso acontece? Trauma de infância! Trauma causado pelas canções da infância. Vou explicar: nós somos ameaçados, amedrontados, encaramos tragédias desde o berço! Por isso levamos tanta porrada da vida e ficamos quietos. Exemplificarei minha tese: Atirei o pau no gato-tô-tô/ Mas o gato-tô-tô não morreu-reu-reu / Dona Chica-ca-ca admirou-se-se/ Do berrô, do berrô que o gato deu/ Miaaau! Esse clássico do cancioneiro infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) e crueldade. Por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa? E para acentuar a gravidade, ainda relata o sadismo dessa mulher sob a alcunha de “D. Chica”. Uma vergonha!
Eu sou pobre, pobre, pobre,/ De marré, marré, marré. Eu sou pobre, pobre, pobre,/ De marré de si./ Eu sou rica, rica, rica,/ De marré, marré, marré./ Eu sou rica, rica, rica, De marré de si. Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão doces!! É impossível não lembrar do seu amiguinho rico da infância com um carrinho de controle remoto, e você brincando com seu carrinho de plástico?
Vem cá, Bitu! vem cá, Bitu!/ Vem cá, meu bem, vem cá! Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá!/ Tenho medo de apanhar. Quem é o adulto sádico que criou essa rima? No mínimo ele espancava o pobre Bitu...
Marcha soldado,/ cabeça de papel!/ Quem não marchar direito,/ Vai preso pro quartel. De novo: ameaça. Ou obedece ou se dana. Não é à toa que brasileiro admite tudo de cabeça baixa...
A canoa virou,/ Quem deixou ela virar?/ Foi por causa da fulana/ Que não soube remar. Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as crianças brasileiras são ensinadas a dedurar e condenar um semelhante. Bate nele, mãe!
Samba-lelê tá doente,/ Tá com a cabeça quebrada./ Samba-lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A pessoa, conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde debilitada, necessita de cuidados médicos, mas, ao invés de compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de palmadas! Acho que o Samba-lelê deve ser irmão do Bitu...
O anel que tu me deste/ Era vidro e se quebrou./ O amor que tu me tinhas/ Era pouco e se acabou... Como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa passagem anos a fio?
O cravo brigou com a rosa/ Debaixo de uma sacada;/ O cravo saiu ferido/ E a rosa despedaçada./ O cravo ficou doente,/ A rosa foi visitar;/ O cravo teve um desmaio, A rosa pôs-se a chorar. Desgraça, desgraça, desgraça! E ainda incita a violência conjugal (releie a primeira estrofe).
Precisamos lutar contra essas lembranças, meus amigos!
Nossos filhos merecem um futuro melhor!


Araçatuba Vilmara Belo

quinta-feira, 3 de julho de 2008

"O ócio dignifica o homem"



Hoje em dia vivemos sempre correndo de um lado para outro sempre apressado sem conseguir conciliar milhares de atividades sejam elas: escola, faculdade, trabalho e muito trabalho.
Estudamos 20 anos de nossas vidas para depois trabalhar o resto dela, e nos agarramos a empregos que geralmente não desejamos submetendo até nossos fins de semana para saciar a nossa fome consumidora com a qual estamos sendo instigados pelo capitalismo. Morrendo de trabalhar e recebendo um valor pífio no fim do mês para enriquecer os poucos detentores dos meios de produção. Fazendo com que as pessoas fiquem bitoladas em somente trabalho e mais trabalho sendo alienados sem ter tempo pra refletir sobre a realidade "escravista" em que você é um consumista já consumido pelo capitalismo. com isso surgem frase do tipo "o trabalho edifica /dignifica/ santifica o homen". Desde de quando o trabalho faz isso?!?! Quem oferece isso ao homem é um emprego valorizado pela sociedade ou as más condições a qual é submetido ou /e excesso de trabalho que proporcionam ao indivíduo, doenças e desilusão. Desilusão por ter trabalhado e "gerado riqueza ao seu país"(marketing capitalista) a vida toda e muitas vezes não ter nem uma casa própria, não poder oferecer uma educação de qualidade aos seus filhos(que só se encontram em escolas particulares) e não ter direito a uma assistência social.

Alguns especialistas afirmam que o tempo livre é um marco para se abandonar ao puro lazer. Assinalam que o fato de "não fazer nada" é um exercício de criatividade, porque consiste em fazer o que dá vontade em uma pessoa, ao contrário do que é imposto ou proposto por outros. Segundo especialistas, quando o cérebro registra que haverá um tempo livre e relaxante, se produz uma sensação de prazer e tranqüilidade prévios, como se já se vivesse nessa situação, e a mente e o corpo descansam por antecipado, ou contrário do trabalho que quando você pensa chega da uma dor na consciência, salvo os que realmente estão realizados com seu emprego(oque muitos afirmam, porém não condiz com a realidade).

E vivamos o direito á preguiça, correpondente não ao direito á sobrevivência mas ao direito do prazer de viver!!!!!!