sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

De onde vem a inspiração?


De onde vem a inspiração?

De algo bonito que vimos?

De alguém que amamos?

Não sei.

Mas é fantástica a idéia de acharmos que sim.

Eu sei por que eu amo, na. Na verdade não sei

Pois isso que tentamos explicar com diversas teorias é algo tão inexplicável

Que deve ser por isso que tentamos explicar, na tentativa de apaziguar nossas indagações.

De onde vem a inspiração?

Da Família?

Dos Amigos?

É, talvez, será que gostar de alguém ou de algo é tão inexplicável assim?

Talvez se conseguirmos aplicar física, química, matemática, história conseguiríamos.

Mas será que é necessário explicar tudo?

Não seria melhor viver isso do que achar respostas?

É viver, não seria má idéia.

Mas ainda falta responder algo

De onde vem a inspiração?

Ainda não, sei de tudo?

Melhor, de todos

Pois não conseguiríamos sozinhos

Então lhe respondo de onde vem a inspiração

Ela vem da vontade de estar perto, de querer, de cuidar

Ou seja, ela vem do amor.

Gilrllan Thalys

02 de Julho de 2011

Texto dedicado aos meus amigos Sandro Plebeu, Rafael Plebeu, Neto e minha bixinha linda. Pois sem amigos não conseguiria.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A pior dor ou prazo de validade (tratado sobre a vida e as pessoas que amamos)



Acho que a pior dor de um suicida não é o nó da corda e nem o estrago que a bala causa. A pior dor de um suicida não é o mal-estar que o líquido provoca no estômago.
A pior dor para um suicida é o nó invisível que fica entalado na garganta.
É a lágrima que teima em não cair e fica presa por dentro. Apertada no coração.
A pior dor em um suicida ele sabe qual é de fato. É a certeza que um dia, mais cedo ou mais tarde ele dará cabo de sua própria vida. Ele tem em mente como será. Ele só aguarda o dia certo em que foi homologado pela própria Morte.
“Óh Morte, tu que és tão forte. Que matas o gato, o rato e também o homem. Vista-se com a sua mais bela roupa quando vieres me buscar”.
Desde o dia 23 de outubro não há um só dia em que eu não pense em me matar. Não há um só instante que ideias pesarosas saiam de minha cabeça. Procuro a força em um futuro que pretendo trilhar. Procuro o sorriso na face de meus amigos e das pessoas que me ama.
Mas ouvir a palavra “força” não significa tê-la. Não significa compreendê-la.
E o que sobrou de minha outra metade continua a existir. Mas hoje não sei mais o que é certo ou errado, justo ou injusto, bem ou mal. Apenas continuo a existir nesse mundo tão enigmático e complexo onde tudo é invertido. Até quando? Não sei, acho que até o dia do vencimento do contrato.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Inimigo (tratado sobre psicopatia)

Meu inimigo. Meu inimigo era pequeno demais. Sempre o considerei assim. Ele não ia com minha cara, e eu muito menos com a dele. Há tempos que vinhamos nos estanhando. Há tempos que sua família me perturbava. Meu desejo? Nunca escondi. Era matar todos. TODOS! Sempre que nos encontrávamos eram os mesmos olhares: nojo, antipatia, raiva, amargura. Tudo o que havia de mais nojento. As vezes nem me reconhecia. Cada um corria pro seu lado. E levava a vida adiante, mas com o mesmo rancor. Um dia nos encaramos, seu olhar era de medo. Eu sei, minha inteligência o intimidava. Mas suas habilidades me causavam furor. Hoje foi o dia. Acertamos nossas contas. Ao chegar do trabalho, e depois de uma bela manhã com seis aulas legais, eu o encontro. No meu território. Sem respeitar ao menos as situações que a vida tem me dado. Eu o encaro. De sua parte, a mesma reação: medo. Ele sabia o que estava por vir. Eu queria matá-lo. Eu iria matá-lo. Ontem na aula da Segunda Série B havíamos conversado sobre psicopatia e assassinatos. Estudamos casos como os de Columbine e de Realengo. Questionamos e filosofamos sobre até onde vai nossos extintos assassinos. De onde surge o mal. O dia de hoje prometia, ficaria marcado. Após nos encarar, eu o encurralei. Ele não tinha saída. E tomado por fúria e os mais tristes sentimentos, não pensei duas vezes. EU O MATEI! Pisei em seu crânio. Fiquei a contemplar seu corpo estendido no chão e sua boca aberta de dor. O sangue que escorria de sua boca era o troféu de minha vitória. Talvez ainda me vingue do resto da família. O corpo? Escondi. Ninguém saberá onde. Matei meu inimigo que há muito tempo ria de minha cara e brincava com minha paciência. Seu nome? Eu não sei. Sei que era cinza e tinha os olhos esbugalhado. Ficaram ainda mais quando meus tênis pisaram sobre seu corpinho raquítico e ridículo. Meu inimigo? Meu inimigo era um rato.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

NEM UM SEGUNDO A MAIS

Quanto tempo eu gastei com coisas superficiais?

Tanto tempo eu gastei com coisas banais

Agora eu quero apenas um minuto a mais

Um minuto a mais

A dor em meu peito não me deixa respirar

Pensar em ti e lembrar que te amar

É bem mais forte que a vida e a morte

Eu só queria um dia a mais

Um dia a mais

Porque fui tão tolo?

Agora vivo com uma consciência de culpa

A dor agora é bem maior do que parece

E sem fé alguma, não sei ao certo qual a melhor prece

Eu que só queria um natal a mais

Um natal a mais

Será que encontrarei perdão pra mim?

Será que perdoarei a mim mesmo?

Será que a vida precisa mesmo de um fim?

Então, que tal começarmos tudo de novo?

Não quero passar nem um segundo a mais longe de ti.

Ps.: Aproveitem cada segundo ao lado das pessoas que vocês amam. Quem sabe, pode ser o ultimo segundo de duas vidas.

Ps. 2: Dedicado a todas as pessoas portadoras de câncer e seus familiares.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O último amor de Roxana


“Já faz algum tempo eu vi você passando em minha rua. Sorriso tristonho, contraditório. Ao seu lado um amigo fiel, um cachorrinho. Eu apenas acenei. Mas o seu sorriso me deixou confuso, inquieto, e não sabia o que fazer.”

Ah Roxana! Tão bela, tão doce. Capaz de dividir dois corações, o de Severino de Mossoró e o de Cristiano. Mas eu pensava que era diferente. Sempre que a vi eu tive a ilusão de que seu amor era duro e seco. Me maltratava em saber que Severino não a teria em seus braços. Que Cristiano era apenas um corpo, não era poeta. Como você pôde se apegar a ele? Como não conseguia perceber o amor de Severino? Como não sabia que as cartas eram dele? Me enganava diante de sua beleza. Até eu, um reles espectador, sentia um pouco de raiva por você não se tocar que o amor estava ali, tão perto, ao seu lado. Como não conseguias ver? E eu como mais um Severino, como mais um excluído por ser desprovido de beleza física, vagaba nos poemas do mestre Eliseu Ventania e chorava, chorava, chorava...

Roxana, me perdoe. Julguei você de maneira errada. Julguei nove vezes de maneira errada. Roxana, querida Roxada, há pouco tempo, quando se abriu as cortinas do teatro para seu último ato eu consegui entender. O Amor é mesmo louco. Não há Razão que caiba no Amor. Você foi tão firme em seu amor por Severino que meus julgamentos daquele entardecer silenciaram. Eu vi, sim, eu vi! Você era quem amava de verdade e tão intensamente que nos deixou perplexos. Nos deixou silenciados com uma dor no peito, um aperto, uma pergunta: porque? Porque? Não eras apenas de Severino. Quantos outros Severinos havias conquistado com teu sorriso, com teu olhar? Ah, Roxana! Não! Preferia não ler esta última carta. Preferia não saber que o amor te levou a fazer isto. Mas quem sou eu pra julgar? Quem sou eu pra te condenar? Roxana, será que a dor de perder alguém é tão forte a este ponto mesmo?

Roxana me perdoe. Não quero ser rude. Não quero ser indelicado. Mas esta última carta de amor foi muito ridícula, talvez como tantas outras cartas de amor. Esta última doeu mais. E quando me recordo de você na janela me pego a chorar. Uma lágrima no canto do olho me diz que você está bem. Uma lágrima me diz que você está feliz e que eu não posso lamentar sua partida, pois preciso ser forte e saber que fostes brilhar em outros palcos. Palcos divinos, celestiais, na presença da divindade. Lá, o amor é verdadeiro. Lá... você se sentirá amada!

PS. Está é apenas uma lamentação de um pobre Severino que perdeu alguém que ama. Esse alguém nos deixou em fevereiro. Esse alguém nos deixou por causa do Amor. Para uma eterna estrela nos palcos de minhas memórias, à memória de Ludmila Albuquerque (Roxana)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Flores no deserto


O que será desta vaga existência? Qual o sentido da vida? Tolamente dizer: VIVER não faz milagrosamente minha razão aceitar tal resposta e se conformar com o ser. Tenha pensado tanto sobre isto ultimamente. Tanto que tem até me machucado. Pensar na existência, na vida, implica necessariamente pensar na não-existência, na morte. Será que as religiões, com tantos formatos que só tem verniz e não tem invenção, tem uma resposta para o além? Se tem, qual é a verdade então?

Hoje eu sei, eu sei, mal cheguei a um período balzaquiano e me sinto velho. Até ontem me sentia um adolescente. Um jovem, pra quem a vida é tudo, menos fim. Onde tudo é possível e tudo é eterno. Hoje, não mais. Hoje um velho que tem perdido a esperança com os seus bichinhos de estimação e plantas. Mas, ainda não vivi tudo. E não tenho certeza alguma se a vida é bela.

Vejo na dor da flor que me gerou, uma angústia tremenda de saber que nada é justo e pouco é certo. Onde dará nosso futuro? O que acontecerá com a “geração perdida”? Medo de existir. Medo de envelhecer. Medo de deixar de existir. Será mesmo que a vida é tudo isso? Apenas uma chama acessa ao vento praieiro?

Enquanto não acho as respostas, sigo com as perguntas. Sigo existindo e vivendo. Mas sei, conscientemente, que um dia tudo vai ter um fim. Se estou preparado para este fim?! Não sei, eu pouco sei, eu nada sei. E como flores no deserto regadas a chuva de insetos sei que sou só um, mas não sou um deles. Transito entre esta fabulosa dúvida: “ser ou não ser, eis a questão”.




PS.: Inspirado em dilemas diante do sofrimento de minha mamãe que está doente e em grandes mestres do universo, tais como: Renato Russo, Herbert Vianna, Cazuza, Balzac, Shakespeare e Marcelo Falcão

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um pequeno desabafo


Não é raro encontrarmos pessoas no dia a dia que sempre nos chegam com as ditas "news". Mas existe algo que me surpreende nessa tão simples ação de relacionamento pessoal. A avidez que se tem em saber e em propagar alguma "new" quando a mesma é uma fofoca sobre outra pessoa. Em meu relacionamento de amor e ódio por Mossoró, está é uma questão latente. Me pergunto sempre: é natural do mossoroense querer se informar sobre o que não lhe diz respeito quando o assunto é a vida alheia? Por que será que gostamos tanto de falar e até mesmo inventar coisas sobre os outros?

Ae a coisa não para por ae. Óbvio, sou alvo de muitas histórias. Ano passado mesmo tive que me expor no meu trabalho. Ah... meu trabalho, deve ser isto. Não há nada mais ingrato que a profissão de professor. Sempre somos o alvo. Já me casaram com alunas, já fui pai duas vezes, já namorei com alunos uuiiii, uhhnnn boiola. E este tema é forte, vez por outra tou de namorado novo; Tá ai mais uma coisa que não tinha pensado: se a temática for sobre sexo ou sexualidade a news fica mais apimentada.

Por que será que queremos tanto saber quem fez o que com quem? Quem fica com fulano? Quem é lésbica? Quem é gay? Quem é vegetariano. Ainda bem que existem leis que protegem as pessoas quando elas são difamadas e caluniadas.

Acho que estou sendo injusto com os meus conterrâneos. Penso ser natural do ser humano o instinto para tudo quanto é ruim. Acredito nisso: se a vida dos outros te interessa mais do que a sua própria, cara, você tá com um probleminha.

Estou num momento muito ruim de minha vida. Minha mãezinha querida receberá os resultados de sua ressonância magnética. Estamos temendo o pior, o mal de minha família materna. Mas advinha... as pessoas ao meu redor acham pouco isso, e pra melhorarem minha vida, já que há pouco tempo atrás tudo estava tão bem, resolvem voltar com boatos, fofocas, historinhas. Até quando nós seres humanos seremos assim? Tão mesquinhos, tão pequenos, tão preocupados com a vida dos outros.

Já ia esquecendo... agora compreendo, só pode ser, é isso! Entendo porque o Brasil dá tanta audiência para os Big Brothers da vida.

Preciso terminar este texto por aqui, minha mamãe está chorando, preciso ajudá-la, isso é mais importante.

Ps. "Quem insiste em julgar os outros tem sempre alguma coisa pra a esconder" - Renato Russo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Amuleto


Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Fraqueza
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Loucura
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Ignorância
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Estupidez
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Luxúria
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Insensatez
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Fuga
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Sede
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é Fome
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é do Homem
Todo apego a qualquer amuleto pra mim é...
... Religião

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Gente, eu também sou romântico :)


“Lembra que o plano era ficarmos bem? Ei, olha só o que eu achei... cavalos marinhos.”

Saudade de ouvir essa musica e de outras coisas. Saudade de caminhar na praia. De ligar escondido. Saudade de receber mensagens. Saudade de rir por besteiras e chorar quando preciso. Saudade de você. Apenas saudades. É =(

terça-feira, 3 de maio de 2011

Poema Adolescente em plena puberdade



“Queria ser poeta

Poeta não posso ser

Pois poeta pensa muito

E eu só penso em te comer”

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Poeminha megabyte




Minha princesa
Hoje você está tão on line
Que mais parece uma página da web
Tão formosa e esbelta, mais linda que uma placa-mãe de última geração
Quando te vejo meu coração processa mais que um Pentium quatro ou um dual core, não, mais que um corel dois duo.
Sua boquinha parece uma entrada usb3
Quem poderia explicar tamanha beleza?
Sua formosura não cabe nem na memória de um terá de um sábio pen drive do Tibet
E eu?
Um apaixonado distante
Um reles disquete
Há muito deixado de lado
E trocado por um pequeno cartão de memória.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Em busca do bom senso.

Incrível ao assistir os noticiarios de TV, ao ler revistas e site, onde se ver pesquisas com vários anos de estudo que chegam determinada conclusão que da aquela sensação de ‘eu já sabia’, vejamos alguns casos:

Médicos da Faculdade de Medicina de Stanford (Califórnia) começou a seguir 538 pessoas com idades entre 50 que correm várias vezes por semana em 1984, e fez comparações com grupo controle sedentário do mesmo tamanho.

Os pacientes idosos que estão em constante prática durante vários anos sofreu menos deficiências, têm uma vida ativa mais longa e reduzi em 50% seu risco de morrer mais cedo do que aqueles que estão inativos.

Outra,  um psicólogo na Universidade de Sussex, que estudou a capitao-obvio-mestre-do-senso-comumpsicologia de grupo de sobreviventes e testemunhas dos atentados de Londres em 2005. Sua pesquisa mostrou que, em eventos traumáticos, as pessoas sentem uma identidade comum e ajudar uns aos outros. Você pode chamá-lo o espírito Blitz.

Entre diversas coisas que vc encontra midia afora, ou seja um gasto de tempo e dinheiro simplesmente para comprovar o obvio.

Claro que, várias das vezes o senso comum poderia estar errado, e toda a questão da ciência é a confirmar, rejeitar ou quantificar os fenômenos do mundo que nos rodeia.

Como duvidar constantemente até mesmo de suas descobertas, gerando conhecimento através de conhecimento, com uma visão sistêmica e não linear (que é tipico do senso comum). 

Até aí tudo bem, a ciência é o senso comum melhorado, refinado e mensurável.

Mas oque  acontece várias vezes é a rejeição que alguns cientistas veem o senso comum como tradição de bárbaro, uma limitação de nossa cognição. 

Essa visão de imcompatibilidade entre ciencia e senso comum surgiu mais forte com Eistein (mecânica quâtiva  e a teoria da  relatividade) que quebra as pernas  e noção do senso comum. como resultado muitos cientistas passaram a ver o senso comum como um obtáculo para o progresso, não só na física mas também em outras áreas Por outro extremo tem quando a ciencia encontra o senso incomun que por rejeitar o senso comum há uma falta de propósito e longe de ser um problema para uma teoria.

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                           Teoria das cordas: na trigésima cerveja começa a fazer sentido

Mas para não deixar esse post um wall text vamos deixar isso para outro.

Como sempre prefiro o caminho do meio, o bom senso que não especializado, e sim o conhecimento comum e julgado, sem rigor metodológico, somente aquilo que chamamos de sensatez.

BomSensoPub

Originalmente postado no Psicologia no boteco

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cordeiro de Deus


Acho que cheguei a uma conclusão muito séria. Esta conclusão é fruto de minha raiva e busca. Busca em vão. Uma procura sem nexo. Uma necessidade malévola de encontrar resposta para as dúvidas da humanidade. Chego a conclusão que o ser, aquele que apelidamos de DEUS, na realidade é uma maldição. Uma maldição que a própria humanidade impôs a si mesma. Uma carência de perfeição imbuída numa intrínseca vontade de Poder; só e simplesmente isso. Uma maldição ridícula. Um medo de ser responsável por seus próprios atos. Uma angústia por não ter a possibilidade e capacidade de sempre está a par do bem, de se fazer o que é certo. Por isso criamos essa idéia chamada DEUS ou deuses, para de certa forma apaziguar nossas frustrações, nossas angústias, nosso medo de errar.

As vezes me pergunto: essa maldição gosta de ver criancinhas mortas? Gosta de ver mães sem o abraço de um filho? Pessoas e mais pessoas doentes em estado terminal? Pessoas sofrendo com doenças longas? Idosos sem o carinho e cuidado do próximo? É a isso que damos o nome de ser perfeito e bom? É a isso que damos o nome de Pai? Eu prefiro chamá-lo de mal.

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo tende piedade de nós

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo tende piedade de nós

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo tende piedade de nós

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo traz-nos a paz

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo... tende piedade de mim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Reflexões acerca de uma vida mais leve.

Hoje algo (não sei o que) me fez lembrar meus negros15 anos, sabe aquela sensação de que todos fazem as coisas melhores que você? Chega a ser frustrante, porra! Sempre tem alguém melhor e parece que nem se esforça tanto.

Lembrei também de como era vida dos nerds no fim do ensino médio que se matavam de estudar e quando tiravam, por revés, a nota que eu almejava e começava a cair em prantos.

Foram nessas duas fases que me vieram certas questões... qual o sentido de toda essa carga em cima dos meu ombros, de muitos outros, e do resto que desvia e alivia essa tensão das mais diversas formas (lícitas ou não).

Percebi que basicamente não só a minha tristeza como a de muitos não se restringia a um único fator, porém a um peculiar; O medo de ser um “fracassado na vida” e não atingir o famigerado “sucesso” .

E em nossa sociedade o que defini se você é um cara de sucesso ou mais um fracassado?



Basicamente é a quantidade de bens materiais que você ostenta.


Então há essa pressão social para que você tire ótimas notas na escola, para entrar em faculdade renomada e um curso promissor para que? Ganhar dinheiro (seja qual for o meios), para quê? Ostentar, para que? Ser aceito em uma sociedade esnobista.


Vivemos hoje quase que uma epidemia desse estresse psicossocial causada pelo medo de não conseguir seu espaço, nesse princípio de escassez e concorrência, onde o seu sucesso será definido não por seu caráter, suas atitudes ou decisões. Mas sim, o seu nível de sucesso será mensurado de acordo com o seu carro, casa, vestimentas, locais onde frequenta e etc.

Ou seja todo essa medo e angustia para que?

Ser só mais um na massa de manobra necessária para a sobrevivência de nosso modelo econômico baseado no consumo excessivo e cíclico? Ser um esteriótipo criado por campanhas de marketing?

-Será que seus objetivos de vida são realmente seus? Ou aquilo que outras pessoas já definiram para você?

-Será que você é você mesmo? Ou aquilo que as pessoas gostariam que você fosse?

-Será que seus pensamentos são seus? Ou aquilo que as pessoas gostariam que você fosse?

É salutar nos avaliar reflexivamente de forma periódica e rigorosa e assim fugir das arbitrariedades das 'paixões' e da moral.

O mais importante não é nem saber que muitas das vezes nosso eu é só um cópia daquilo que esperam de nós, e como atores trocamos mais de papéis que de roupa. Mas ter a vontade de Poder suficiente para seguir aquilo que realmente nós concordamos ou pensamos.


Prosseguindo com a trilha sonora, ficamos mais uma vez com Plebeu Rude.

"Há uma espada sobre a minha cabeça /É uma pressão social que não quer que/ eu me esqueça/ Que tenho que estudar /que eu tenho que trabalhar / que tenho que ser alguém / não posso ser ninguém..."


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Câncer da Alma


Já ouviram falar em câncer da alma? Acho que meu espírito está com essa doença, minha mente dói, eu sinto frio, dor e medo. Sinto também arrependimento por saber que muitas vezes, em minha mente, traio as pessoas que me amam e que confiam em mim. Meus ossos parecem que estão se secando... Já li que é devido a erros. Ultimamente tenho errado muito, errado em minhas escolhas, errado em meus instintos, errado em relação às pessoas que amo. O que posso fazer? Apenas pedir perdão... Mesmo que em silêncio, pois a vergonha do erro, da dor e do medo me cala.


Essa semana eu escutei muito Plebe Rude. Os caras são muito bons. Refleti muito em uma letra, parece que ela tem o que eu chamo "meu progresso de fé". Desde cedo tive uma vida religiosa muito intensa. Aos 12 anos rompi com o que eu acreditava... Infelizmente aos 16 me alienei novamente, sendo que dessa vez entreguei tudo o que eu realmente acreditava, ou sei lá, entreguei realmente o que eu não acreditava. Hoje... Não sei no que creio, acho que creio em mim, em minha família e nas pessoas que eu amo apesar de que...Não acredito mais na humanidade...não creio que a humanidade achará um dia resposta pra seu egoísmo e sua maldade. Não creio mais nos deuses que essa humanidade criou. Acho que esses deuses são apenas o desejo de homens extremamente egoístas e que trazem em seu íntimo o anseio de serem divinos e mandarem em outros de forma super autoritária, o que eles chamam de teocracia. Abaixo vai a letra da Plebe


Quem tem a razão? Um burocrata ou um padre com o evangelho em mãos? Um momento instante então palavras não justificam a ida em vão. Esclarece por favor, o tão temido só acontece com os outros. O que você faria? Justiça é tão bela, se funcionasse só uma vez. A lei não ressuscita, burocratiza o que eu já sei. Eu só sei... Adeus. Quem escutar então? Um delegado ou jurista latório em mãos ou um padre e seu sermão? Um toque divino não é explicação. Esclarece por favor, o que é tão temido só acontece com os outros. Mostre-me então, a ida sem razão. Uma crença ajudaria se amenizasse só uma vez. Se tiver fé for à saída quem sempre teve foi embora de vez. Eu só sei... Adeus. Aceitar ou não?Crença nenhuma justifica a ida em vão. Sua papelada então? Do que adianta tantas folhas sem conclusão. Esclarece por favor, o que é tão temido só acontece com os outros me mostre então, a ida sem razão.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Se eu fosse eu mesmo


Se eu fosse eu mesmo, quem eu seria? Às vezes fico repetindo isso em minha mente. Penso sozinho e nessa solidão percebo que de fato não sou UM, mas muitos em um só. "Eu sou a soma de tudo o que vejo". Sou a influência de todos aqueles que respeito. Mas, o meu verdadeiro Eu é escondido em meu intimo por ter vergonha do olhar do próximo. Queria não sentir essa vergonha. Queria não me importar com o olhar do próximo. Como seria a humanidade se cada um de nós não escondesse os nossos verdadeiros Eu's? Às vezes imagino que a sinceridade nem sempre é boa. As pessoas perecem ter medo da verdade. Pois sabem que mesmo a mentira buscando a velocidade que quiser, a verdade viaja na velocidade da luz. Eu não quero mais mentir pra mim mesmo, pois sei que isso é a pior mentira... E acho que é a que mais machuca e dói...



Sandro Cocco - 06 de Maio de 2008, 17 dias antes de meu aniversário