domingo, 31 de outubro de 2010

Sobre a Vida ou Sobre a Morte

Sonhei que suicidava
Acordei, estava morto.


Ainda sobre a vida:
nascer, crescer (reproduzir)...

... e morrer


- Dá um tédio isso tudo!

:(

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Antonio Nicolas Francisco Behr




Sonho?

Queria ser poeta.

Mas não sei fazer versos.

De poesia sei apenas o necessário:

Ler e admirar.

Mas não me contento.

Transito entre dois mundos:

Um se chama Behr

O outro Chico.

Behr criou uma cidade utópica chamada Braxília.

Antonio um mundo-fantasia.

De críticas em críticas

Alimento minh’alma

E descanso com suas poesias.

E brigo com deus:

Por que não posso ser poeta?

Só posso ser o que você quer?

Minha ira sobe e praguejo:

Larga de ser mané!

Por que não me criastes Antonio Francisco

Ou então Nicolas Behr?!

sábado, 15 de maio de 2010

O Melhor elogio é a imitação


Eu poderia ser um padre ou um dentista. Um arquiteto, um deputado ou jornalista. Eu poderia ser ator e me dar bem. Ser um poeta que escreve versos como ninguém. Eu poderia ser um general da banda. Uma modelo, um herói da propaganda. Eu poderia ser escravo do trabalho. Ser um banqueiro, um estilista do baralho. Eu poderia ser um mágico ilusionista. Um domador, um gigolô, um psicanalista. Eu poderia ser um campeão de golfe. De luta-livre, de xadrez e do que quer que fosse. Eu poderia ser um escritor da moda. De quem se fala muito mal (e ele nem se incomoda). Eu poderia ser um alto funcionário. Um balconista ou um bandido sangüinário. Eu poderia ser um físico nuclear. Um astronauta, um explorador do mar. Eu poderia ser um rei do futebol. Um vagabundo ou um professor de "scol". Eu poderia ser um grande cineasta. Um detetive e ter segredos numa pasta. Eu poderia ser um monge do Nepal. Um jardineiro, um marinheiro, etc e tal. E não há nenhuma outra hipótese que eu não considere, mas o que eu queria mesmo ser é a Cássia Eller.

Essa é uma simples homenagem que Péricles Cavalcante fez para a sua amiga Cássia Eller (ah Cássia! como vc faz falta).

Dizem que o melhor elogio é a imitação.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A mãe de John Lennon


Acredito que por trás de um grande filho sempre há uma grande mãe. John pode ser considerado como um dos maiores homens da terra, pelo menos o que concerne a música. Até hoje inúmeras de suas músicas são cantadas por crianças, jovens e adultos no mundo todo. Um dia, sua vida teve um fim. Um dia, aquele jovem de uma mente brilhante se rendeu ao fim da existência por força do que poderiamos chamar de fanatismo. O que sentiu a mãe do assassino de John Lennon? O que sentiram as mães dos fãs de Lennon?
John perdeu sua mãe no dia 15 de julho de 1958, após um acidente provocado por um policial bêbado. Sua mãe foi a responsável por lhe ensinar a tocar banjo e ukelele. Teria ela uma parcela na genialidade do grande músico líder dos Beatles?

Ps. - Uma simples homenagem as mães dos gênios. Em especial, Lucinha Araújo e Dona Carminha

Ps.2 - Mãe te amo!!!!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

2:44


São duas e quarenta e quatro aproximadamente. Não fiz nada nesse carnaval a não ser tentar escrever minha monografia. Mas, as ideias nao vinham... perdi a sexta-feira, o sábado não resultou em nada, a não ser em arrumar meu quarto. O domingo foi mórbido e chato como sempre. Segunda de carnaval, não posso mais perder tempo... se perder um dia resultará na perda de um ano. Meus planos são outros para daqui a um ano, acho que eles se chamam Mestrado. "Teminei" o primeiro capítulo, já estruturei o segundo... tudo isso ao som da mesma música Elephant Gun, Beirut. O que quer dizer a música? Não sei, não li a tradução ainda. Apenas sei que gosto por causa da melodia e também porque faz parte da trilha sonora da microssérie Capitu.

"Os livros na estante já não têm mais tanta importância, do muito que eu li, do pouco que eu sei, nada me resta..."

domingo, 10 de janeiro de 2010

Um mundo pequeno demais


Esta é a história de um garoto que um dia abandonou sua aldeia e foi para uma terra distante. Lá desfrutou de coisas que nunca imaginara antes. Comeu frutas que seu paladar jamais tinha provado, bebeu de uma água nova que em sua língua parecia ter um gosto diferente de todas as águas que lhe molhou a garganta.

Em sua aldeia o menino vivia compenetrado em seus afazeres diários e nos problemas que estes lhe traziam cotidianamente. Seu mundo era pequeno e fechado em si mesmo e nas circunstancias em que se defrontava. No novo mundo que descobrira, a vida era outra. O mundo era muito maior. E a visão podia abarcar um alcance quase inatingível. Seus ouvidos deram-se ao luxo de expandir seu horizonte musical. E seu paladar não era mais o mesmo, jocoso e mesquinho.

O menino nunca mais quis voltar para sua antiga aldeia. Sua liberdade gozava de um deslumbre sobre o viver humano, que qualquer pensamento de retorno se configurava em uma amargura em sua alma.

Pensando nessa “história” me vem a mente o microcosmo em que estamos inseridos. Chego até a dizer que a aldeia representa de forma real em minha vida a cidade em que moro. Somos tão presos as nossas vidinhas medíocres e inócuas que esquecemos que o mundo é muito maior que nosso quarto. É muito fácil nos limitarmos às idéias bairrísticas de que nossas vidas são todo o “universo” que estamos encerrados. Quando saímos de nossos guetos compreendemos que o mundo é muito maior do que cogitava nossa vã sabedoria. E nos angustiamos. Angustiamos-nos até mesmo com a vida daqueles que se prendem em cavernas e se recusam sair delas.

Percebemos a grandeza das futilidades de certas pessoas que dispensam horas e horas de suas vidas, se é que podemos chamá-las assim, em comunidades de relacionamentos da web, discutindo feitos tolos sobre política, futebol e religião como se fossem donos da verdade.

Até o conceito de verdade já não se apresenta mais o mesmo. Os valores mudam, o respeito pelo outro cresce, a necessidade de saber o que o outro faz de sua própria vida se esvanece, pois a nossa felicidade é muito mais importante. Quem dera pudéssemos entender que o muito é maior que o NOSSO mundinho fechado!

Finalizo com uma frase do mestre Renato Russo:
“Não me diga como devo ser, gosto do jeito que sou. Quem insiste em julgar os outros têm sempre alguma coisa pra esconder”

E fica a dica: se prenda mais em seu muda e nas pessoas que você ama, por que no final... isso é o que importa