quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

As laranjas da Garota


Não é só um lugar na existência que nós temos. Temos um tempo limitado que nos foi atribuído.


Eu não tenho nada contra sombra, delineador ou lápis de sobrancelha. Mas acontece que estamos em um planeta no espaço sideral. E não existe ideia mais maluca do que essa! É uma loucura pensar que o espaço existe. Mas há garotas que, por causa da sombra e do delineador, não consegue enxergar o espaço cósmico. E sem dúvida também há rapazes que, por causa do futebol, são incapazes de ver o horizonte.


Quem não vive agora não vive nunca. O que você está fazendo?


Mas o que é o ser humano? Quanto vale um ser humano? Será que somos apenas poeira que qualquer ventania levanta e espalha? Lá fora, atrás das galáxias, talvez esteja a resposta para a pergunta "o que é o ser humano".
Pode ser que a nossa criação ainda não esteja completa.


O mundo não era um conto de fadas extraordinário e único? Estou falando no tempo em que o ser humano era um ser humano, ou seja, nada mais e nada menos que um íntegro e soberbo ser humano. Naquele tempo o mundo era uma aventura fascinante.


O que você escolheria se um poder superior lhe desse a possibilidade de escolher? Você teria optado por uma vida nesta Terra, breve ou longa, dentro de cem mil ou cem milhões de anos? Ou teria se recusado a participar deste jogo por não poder aceitar as regras?
Qual seria sua decisão se você tivesse a possibilidade de escolher? Optaria por uma vida breve aqui na Terra, para depois de poucos anos separar-se de tudo e nunca mais voltar? Ou diria " não, obrigado!"? Você só tem essas alternativas. É a regra. Se optar pela vida, também está optando pela morte.


Dar a vida a uma criancinha não significa apenas lhe dar o mundo de presente. Também significa um dia tomar dela esse presente inconcebível.


Posso mesmo ter certeza que não há outra existência depois desta? Posso ficar convencido que não estarei em algum lugar quando você ler este texto? Não, certeza absoluta eu não posso ter. Pois se o mundo existe, todos os limites da improbabilidade já foram ultrapassados. Mas o sonho do improvável tem nome. Chama-se "esperança".


A gente vem uma única vez a este mundo. Nós não passamos senão um breve momento aqui. A vida é curta para todos os que conseguem entender que, um dia, o mundo chegará definitivamente ao fim. Mas, nem todos entendem o que significa, de fato, um dia partir para sempre, para toda a eternidade. Existe tanta coisa que dificulta essa percepção, hora a hora, minuto a minuto.

O brevíssimo momento que me é dado viver neste mundo é minúsculo em comparação com a eternidade em termos de tempo anterior e posterior. Mesmo sabendo que uma coisa era uma delícia maravilhosa, eu me recusaria delicadamente a degustá-la se o pouquinho que me deixassem provar não pesasse mais que um miligrama.


A vida é uma loteria gigantesca, na qual só os números vencedores são visíveis. Você que está lendo este blog é um número vencedor. Sorte sua!!!


Textos extraídos do livro A Garota das Laranjas de Jostein Gaarder
Sugestão de Leitura ^^

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Paradoxo entre o certo e errado

Até onde podemor procurar uma ética onde a escolha que tomamos se nos apresente sempre como a escolha certa? É tão difícil viver assim... sabendo que nossas escolhas resultarão em alguam consequencia que nem mesmo planejamos :(



Será que é tão simples apenas viver sem se perguntar o por que de estarmos vivos? Será que é pecado questionar a existência de um Deus normativo? Por que tantas leis? Pra quê tantos codigos? De que lado você está? Quais são suas armas? Eu acho que estou do lado do bem...
com a luz e com os anjos



O traço que separa (Plebe Rude)
"Sem teoria, sem razão. Agindo apenas por intuição. Por vontade própria sigo em frente. Caminhando sem objetivo passo rente.


Entre dois pontos: a linha reta. Sem ajuda, nem motivação; superando as imposições. Uma voz interna persistente me faz continuar sempre em frente. Entre dois pontos: a linha reta. O traço que separa a menor distância sempre foi a linha reta. Traços que se cruzam, espirais que circulam, me tiram da linha reta.


Durma agora, sonhe tranqüilo. Tente achar algum sentido. Vá seguir a linha reta, sem garantir que é a certa, parece tão simples...


Qual é a força e inspiração? De onde vem tanta determinação? Quando caio me levanto sempre bem mais forte sigo em frente. Entre dois pontos: a linha reta. O traço que separa a menor distância sempre foi a linha reta. Traços que se cruzam, espirais que circulam, me tiram da linha reta.


O paradoxo entre o certo e errado. Escolha as armas e o seu lado. Vá seguir a linha reta, é só querer e será a certa...
parece tão simples..."

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Os Guardas da Ponte: até onde vai o senso de nossos governantes

Quinta-feira 22 de janeiro de 2009 iniciaram as minhas aulas na faculdade. Os que moram em Mossoró sabem que um dos caminhos mais facéis e rápido para se chegar na UERN saindo da Boa Vista é justamente pela Leste-Oeste. Nesta pista (segundo meu pai... perigosa) encontramos duas pontes que estão sob o rio Mossoró. A segunda ponte está já há algum tempo danificada. Sua barra lateral de proteção caiu. A prefeitura colocou umas "proteções" de madeira que em "pouco" tempo (mais de 50 dias) um ser humano sensato foi lá e em forma de protesto fez o favor de arrancar. Para segurança dos que transitam alí... a prefeitura investiu na construção de duas lombadas antes e depois da ponte; ou seriam "Tlombadas"? ¬¬' No dia em que as aulas retornaram... tive uma surpresa... dois guardas da SFA em pé ao lado das novas proteções de madeira...
segui meu caminho, mas, confesso até espalhar que não consegui tirar da mente aqueles dois homens parados, em um tédio colossal pastorando o nada. Na volta, resolvi parar, pois não acreditara que a prefeitura estava pagando uma empresa particular para protejer pedaços velhos de madeira. Com muita educação e um humor incrível, os guardas conversaram comigo e rimos muito da situação. Fiquei sabendo que durante o dia a prefeita paga outra empresa, que também disponibiliza mais dois guardas.
Putz, que lógica essa?! Não seria mais viável encaminhar logo o projeto de reconstrução da ponte? Tanto dinheiro, o meu dinheiro, o dinheiro do povo sofrido mossoroense, do povo que trabalha não sendo empregados onde deveriam ser administrado. Pagar uma empresa particular de vigilância pra proteger uma ponte que está de mal à pior?! Cadê o bom senso de nossos governantes?


Coitados, vão ter que ficar em pé, numa avenida perigosa, sujeitos a acidentes e até assaltos por conta da irresponsabilidade da prefeitura... que está só na espera de um futuro golpe de superfaturamento sobre um pedaço de concreto.

E a pergunta ecooa: Que País é Este????