Uma vez quando eu era pequena e estava tomando banho de piscina com alguns colegas, percebi que uma das minhas amigas estava se afogando. Com isso, fui tentar ajudá-la, mas ao invés de salvá-la, eu acabei por me afogar também ... não morri (óbvio) ... mas foi horrível. Eu nunca imaginei que fosse tão ruim a sensação de está “frente a frente “ com a morte. Alguns anos depois quando me lembrava dessa situação comecei a me questionar o porque de sentirmos tanto medo da morte. Estamos tão acostumados com a vida que e de como a vivemos que não nos cabe pensar que um dia ela vai acabar. É por isso que todas as vezes em que vamos pensar na morte e nas varias maneiras em que ela é realizada nos dá um aperto no peito e sentimos vontade de mudar de assunto. É claro que nem todos pensam assim, existem aqueles que encaram a morte como uma coisa da vida e não tem nenhuma preocupação em relação a isso. De acordo com Montaigne, isso seria uma solução para se viver feliz. Já que a única coisa que nos impede de viver é morrer, devemos nos preparar para a morte, pois ela é inevitável. Mas não é tão fácil assim parar e dizer: “eu vou morrer um dia... que legal!”, pois muitas vezes pensar nisso estraga alguns bons momentos; entretanto, quem sabe se enquanto eu me afogava eu pensasse que morrer é realmente “legal”, talvez assim não tivesse ficado com tanto medo?!
Texto produzido por Allanda Bárbara, aluna da 3ª Série do Ensino Médio do CMAC, na disciplina de Filosofia, ministrada pelo professor Sandro Cocco
Fonte: reflexão sobre a matéria “Olhos nos Olhos da Morte”, na coluna Café Filosófico da Revista “Discutindo Filosofia” Ano 1, N° 04
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