segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Como um anjo caído, fiz questão de esquecer

Nunca vivi um momento tão bom e tão ruim em minha vida. Uma gama de acontecimentos bons e ruins superlotam minha mente. Hoje a felicidade, ao amanhecer a tristeza... e por fim a felicidade insiste em voltar.

Em meio a isso tudo, vem a sensação de "humanidade" que pousa em mim como um corvo que traz desgraças. Eu sou um ser humano. Eu minto, eu machuco meu semelhante, eu consigo enganar. Posso até mesmo não ser eu mesmo. Eu blasfemo, eu me iro, e na maioria das vezes sou orgulhoso e prepotente. Isso me faz cada vez mais um ser humano por convicção.


Hoje é um dia que costumo celebrar a grandeza da estupidez humana. Um dia que segue a data de morte do poeta Renato Russo. "Só duas coisas podem ser entendidas como infinitas: o universo e a burrice humana, mas não tenho certeza da primeira". Já li isto em algum lugar.

Sabe quando você nao consegue perceber se realmente gosta de alguém? Sabe quando você quer muito a presença de alguém que não está presente, mas quando essa pessoa está presente, ae você não quer mais ela por perto? Sabe quando você tem medo e dívidas sobre seus próprios amigos? Sabe aqueles momentos em que você tem medo quando alguém bate a porta? Estou vivendo tudo isso ao mesmo tempo. E eu sei qual é o responsável por esse medo. É o futuro. Tememos o futuro. Parece que a morte insiste em bater em nossa porta, mas a gente nao percebe os livramentos. Só no dia que a pessoa morre, ae sim, neste dia se entende que "chegou a hora".

Quando chegará a hora exata de toda a humanidade sumir e parar com suas maldades e atrocidades?

Chega, estou sem um mínimo de inspiração.

"Como um anjo caído, fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira"

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mim e Você


Protegido pela ciência e vindo sem qualquer velocidade à gente se sente melhor ao lado de quem a gente gosta de está ao lado. De conversar, rir, e se perceber a pessoa mais besta do mundo. Sobre relacionamentos? Fica a simples pergunta: como começar de novo se a ferida que sangrou acostumou a me sentir prejudicado? É preciso que nos livremos da vaga idéia de perfeição que só faz estragos. Seres humanos são imperfeitos. Talvez o que fique é a sensação: Eu ainda gosto dela. Mas, ela já não gosta tanto assim. Não há nada mais bonito do que o seu sorriso. O jeito que você arruma seu cabelo procurando aquele efeito que o mundo não quer reparar - Revela tanto!

Ainda que leve o tempo que custou pra que ruíssem as pedras que o império levantou; Mas se você olhar vai ver que tudo está errado porque ao seu lado não existe um lugar para mim... Será mesmo que não existe um lugar para mim? Tomara que não se faça o que tantas outras fizeram, depois de morder me deu um soco e assoprou, depois de comer lavou suas mãos e enxugou. Será que eu não passo de um brinquedo desmontável? Ou apenas um amigo? Mim e Você, Você em mim, diariamente, no pensamento, no msn... e a janelinha teima em não subir. E as pedras que encontramos no caminho... não são apenas pedras... são muito mais, são histórias.

Texto inspirado em coletâneas do mestre Nando Reis. Abaixo segue um de seus mais belos versos:

“Hoje acordei sem lembrar

Se vivi ou se sonhei

Você aqui nesse lugar

Que eu ainda não deixei

Vou ficar?

Quanto tempo vou esperar?

Eu não sei o que vou fazer, não”

sábado, 2 de maio de 2009

A Fábrica de Panelas - terceira parte


Em Algum lugar no tempo e no espaço

Em uma manhã qualquer de algum tempo no futuro Pedro acorda sem vontade de levantar da cama, semelhante a maioria dos garotos de sua idade. Ele sabe que precisa se preparar para ir ao trabalho, é o seu primeiro dia na Fábrica de Panelas. Ao contemplar seu lanche matinal, depara-se com um ovo que sua mãe havia preparado, e pensa consigo mesmo:

- Quão fantástico é um ovo! Como pode o homem deixar de perguntar quem veio primeiro, se foi o ovo ou a galinha?

Esta pergunta tão simples e aparentemente boba, fora esquecida pela maioria das pessoas. Mas pedro sabia que esta pergunta revelava muito mais do que o simples desejo de se descobrir quem veio primeiro, se foi um ovo ou se foi uma galinha, e sim, ela perscruta o ensejo de saber as causas primeiras da existência. As coisas simples da vida não são banais como a maioria dos animais racionais acreditam. Ele mesmo já havia se perguntado várias vezes diante do espelho de onde tinha vindo, por que estava aqui nesse mundo e qual o sentido da vida.

“Acho que por mais sofisticada e tecnológica se torne a humanidade estas perguntas nunca deixarão de serem feitas”, pensava o jovem aspirante a filósofo.

Na ida ao trabalho, seu primeiro dia de trabalho, começava a se ver como alguém responsável. Caminhava lento pelas calçadas e refletia: Por que trabalhar? A resposta imediata aparecia com a seguinte solução: pra ganhar dinheiro. Mas, logo trazia outra pergunta: e pra quê dinheiro? pra gastar! Esse ciclo parecia não fazer muito sentido pra sua cabeça questionativa. Continuava caminhando e observava a criação feita por Deus e a criação feita pelo homem. Achava que o homem criou mais coisas do que o próprio Deus, e acreditava está aí o problema de todos os problemas. Nem sempre se pode ser Deus. Até onde o homem pensava ir com sua sabedoria? Até onde o ser humano pode criar? Qual será o último invento humano? Essas eram suas perguntas prediletas.

De tanto filosofar nem percebeu a distância de sua casa ao trabalho. E logo chegou na recepção. Ao entrar se deparou com uma moça que trabalhava com inforções sobre a empresa. Ao perceber o jovem, ela perguntou:

- Pois não jovem, em que posso ajudá-lo?

Ele respondeu:

- É o meu primeiro dia de trabalho aqui na fábrica. Onde posso encontrar minha sala? É no setor de microchips...

- Ah sim! é o novo estagiário que veio da universidade?

- Sim, sim, é isso.

Pedro começava a gaguejar diante da beleza estonteante daquela garota. Parecia ter sido feita em laboratório. Uma beleza rara, onde se percebia a perfeição de uma obra divina.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

As cores


O que seria da luz e do brilho se não existissem as cores? O que seria dos pintores se não existissem as cores? Bem, na minha opinião acho que seria muito chato um mundo todo em preto e branco.
Justamente no dia em que o palhaço recebe cores... fico ansioso pra chegar o nascer do sol, sim, de um sol bem amarelinho uahuaha. Ansioso por que? De manhã logo cedo na aula das coisinhas mais fofas desse mundo uahuaha, ou seja, na minha turma dos pirralhinhos o 6° ano começaremos a colorir umas telas para uma futura exposição da disciplina História da Arte. O que virá daquelas pequeninas mentes brilhantes???

Só depois poderei relatar, ah, já ia esquecendo, o tema dos quadros que serão pintados é Natureza Morta, uahuaha que coisa macabra professor Sandro, ops, tio Sandro kkkkk

Ps. Olha ae o palhacim como tá ficando bunitinho :)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Um Palhaço do Mal


Nunca fui muito com a cara de palhaços. Não era daquelas crianças que se amarravam ao ouvir alguém dizendo: olha! O Palhaço!!! Acho um tanto triste a figura que o palhaço representa. Ele precisa se pintar e se esconder atrás de um personagem que tem como finalidade fazer outros rirem de seus erros, de suas lambanças, de suas quedas. Eu ficava triste ao ver um palhaço caindo de uma cadeira puxada por seu "amigo". Me questionava: poxa, que amigo faz uma brincadeira dessas? Por que as pessoas em vez de ajudar o cara ou sentir pena, dó, ficam é rindo do coitado?

Uma cena que não esqueço sobre palhaço é quando o Ladrão de Gravata Borboleta do filme "O Pestinha" dá um soco em um pobre e idiota palhaço que tentar fazer uma graça. auhauahua, Dessa vez eu ri.

Ao contrário do palhaço, sempre gostei da figura do coringa. Até mesmo no clássico Batmam ... Eu não torcia pelo morcego uaauhaa, eu torcia pelo Curinga. A figura do coringa é enigmática, solitária, maliciosa e ao mesmo tempo forte. Como diz Jostein Gaarder:

"Meu conselho para todos os que querem se encontrar é continuarem bem onde estão. Do contrário, é grande o risco de se perderem para sempre. Deus está lá no céu e rir das pessoas que não acreditam nele. Se há um Deu, que nos criou, então de uma certa forma somos "artificiais" aos seus olhos. Mas nenhum de nós se pergunta de onde veio.Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de copas e nem de espadas. Não é 8, nem 9, nem Rei e nem Valete. É um caso a parte; uma carta sem relação com outras. Elas está no mesmo monte das outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separada do monte sem que ninguém sinta falta dele.Como filósofo me acho como uma espécie de curinga: alguém que sempre acredita ver coisas estranhas, que os olhos dos outros não vêem."

Um sonho que eu tenho desde criança é o de fazer uma tattoo, mas meus pais sempre implicaram com isso auhauhauah, achei essa tatto muito louca. Apesar de ser um palhaço e não um coringa.

Ps. Curioso, o dia do palhaço é comemorado no dia 27 de março, dia em que nasceu o poeta Renato Russo. putz, tem nada haver com o texto, mas serve como curiosidade uahauhaua

Ps 2: Se essa tattoo está em minhas costas?? kkkkkkkk deixo como enigma ^^

quinta-feira, 19 de março de 2009

Livros antigos e Panelas (parte 2 da Fábrica de Panelas


Em uma pacata cidade do interior do Brasil, morava um adolescente chamado Pedro Vitor. Ele havia terminado os estudos precocemente. Adorava animes japonês e jogod de computador. Mas, o que ele mais gostava mesmo era ler livros de filosofia ou sobre os filósofos do passado. Dizia ele que ao ler os livros antigos sentia uma nostalgia imensa, como se entendesse que a época dos escritores revelasse um mundo melhor que o seu atual. Ao ingressar na faculdade ganhou uma bolsa para desenvolver seus conhecimentos técnico-científicos em uma filial da Fábrica de Panelas que se instalara em sua cidade.


Ele adorava ler história sobre a década de 1980, pois marcava regressivamente cem anos de seu nascimento. Dizia gostar dessa parte da história devido as bandas de músicas que existiam e que foram esquecidas com o passar do tempo. Gostava de pensar sobre o comportamento dos jovens e adolescentes deste período. Achava-os autênticos. Sentia muito medo do futuro, pois haviam rumores que diziam coisas horríveis sobre os P. I. A.6.8, nome dado ao mais sofisticado robô com inteligência artificial. Mas, que rumores eram esses? O que existia de tão estranho nesse avanço científico que tanto desagradava parte da humanidade? É justamente na fábrica que Pedro inicia suas primeiras perguntas sobre a criação humana e sobre a vida.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A Fábrica de Panelas: Mundo estranho e Mecatrônica


Ae galera, não liguem pras minhas loucuras não uahuahaua, esse texto foi o começo de uma novela filosófica que meu professor havia passado pra gente criar uahauhaua, uma novela filosófica é um texto de fácil linguagem mas que contenha uma reflexão específica.


ae vai meu textin ...


Nossa história se passa depois que o homem esqueceu de conviver com o seu semelhante e passou a gastar mais tempo com o computador. O ano é 2096 e tudo que existe é feito em prol do desenvolvimento da nova tecnologia chamada “panela”. Panela é o nome dado a um conjunto de dados armazenados em um chip criado no ano de 2008 e posteriormente desenvolvido pelos cientistas da mecatrônica, ciência que estuda as formas de tecnologias da robótica e da informática.

A ciência havia caído em descrédito. Acredita-se que foi depois da ascenção cultural dos livros de um filósofo alemão conhecido como Nietzsche. Isso quando uma boa parte do mundo percebeu que não tinha mais nada de interessante a fazer e os seres humanos voltaram a pensar, como os antigos homens da Grécia. Quando os fundamentos das ciências surgiram, ela trouxe consigo a idéia de que salvaria o mundo de todos os seus males, o que foi demonstrado não ser verdade, embora ela tenha trazido muita comodidade para a humanidade. O que seria dos casais de namorados sem o celular? O que seria dos adolescentes sem a internet? O que seria das donas de casa sem a Tv digital?

O homem em seu anseio infinito de criar, sempre buscou fazer coisas com o fim de trazer-lhe sossego e diminuir sua labuta. foi com esse foco que ele desenvolveu a clonagem e as primeiras formas de inteligência artificial. Embora, muitos nunca tenham se perguntado: é possível clonar também a alma humana? A alma que habita no corpo de um clone é a mesma que habita seu corpo fonte? Muitos clones foram feitos com o objetivo de uso, por seus “donos”, orgãos ou células para benefício próprio. Mas, até onde vai a decisão humana de brincar com outros seres? É justo fazer nascer um ser vivo para depois matá-lo em seu benefício?

É aqui que entra a história da Fábrica de Panelas. Esse nome foi escolhido depois que a mídia ridicularizou os primeiros projetos que não deram certos. Os primeiros chips criados eram de cor prata, o que também ajudou na alcunha. O esteriótipo das primeiras máquinas IA não agradavam muito o público, principalmente os cientistas europeus, o que levou a imprensa apelidar de panelas os primeiros robôs fabricados. O cientista responsável pelo ponta-pé inicial foi o escocês James Pan Pothole.

O planeta começava a ficar de cabeça pra baixo. As crianças não brincavam mais nas ruas umas com as outras, cada uma tinha seu próprio amigo robô, que apelidavam de tamagushy. As donas de casa podiam ter uma vida livre de afazeres domésticos, pois toda casa tinha seu robô faxineiro, jardineiro, segurança e etc. Tudo era feito por telecomunicações ou comunicação móvel, pela internet ou por algum cabo de fibra óptico. Assim caminhava a humanidade, talvez até para sua própria ruína, talvez.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

As laranjas da Garota


Não é só um lugar na existência que nós temos. Temos um tempo limitado que nos foi atribuído.


Eu não tenho nada contra sombra, delineador ou lápis de sobrancelha. Mas acontece que estamos em um planeta no espaço sideral. E não existe ideia mais maluca do que essa! É uma loucura pensar que o espaço existe. Mas há garotas que, por causa da sombra e do delineador, não consegue enxergar o espaço cósmico. E sem dúvida também há rapazes que, por causa do futebol, são incapazes de ver o horizonte.


Quem não vive agora não vive nunca. O que você está fazendo?


Mas o que é o ser humano? Quanto vale um ser humano? Será que somos apenas poeira que qualquer ventania levanta e espalha? Lá fora, atrás das galáxias, talvez esteja a resposta para a pergunta "o que é o ser humano".
Pode ser que a nossa criação ainda não esteja completa.


O mundo não era um conto de fadas extraordinário e único? Estou falando no tempo em que o ser humano era um ser humano, ou seja, nada mais e nada menos que um íntegro e soberbo ser humano. Naquele tempo o mundo era uma aventura fascinante.


O que você escolheria se um poder superior lhe desse a possibilidade de escolher? Você teria optado por uma vida nesta Terra, breve ou longa, dentro de cem mil ou cem milhões de anos? Ou teria se recusado a participar deste jogo por não poder aceitar as regras?
Qual seria sua decisão se você tivesse a possibilidade de escolher? Optaria por uma vida breve aqui na Terra, para depois de poucos anos separar-se de tudo e nunca mais voltar? Ou diria " não, obrigado!"? Você só tem essas alternativas. É a regra. Se optar pela vida, também está optando pela morte.


Dar a vida a uma criancinha não significa apenas lhe dar o mundo de presente. Também significa um dia tomar dela esse presente inconcebível.


Posso mesmo ter certeza que não há outra existência depois desta? Posso ficar convencido que não estarei em algum lugar quando você ler este texto? Não, certeza absoluta eu não posso ter. Pois se o mundo existe, todos os limites da improbabilidade já foram ultrapassados. Mas o sonho do improvável tem nome. Chama-se "esperança".


A gente vem uma única vez a este mundo. Nós não passamos senão um breve momento aqui. A vida é curta para todos os que conseguem entender que, um dia, o mundo chegará definitivamente ao fim. Mas, nem todos entendem o que significa, de fato, um dia partir para sempre, para toda a eternidade. Existe tanta coisa que dificulta essa percepção, hora a hora, minuto a minuto.

O brevíssimo momento que me é dado viver neste mundo é minúsculo em comparação com a eternidade em termos de tempo anterior e posterior. Mesmo sabendo que uma coisa era uma delícia maravilhosa, eu me recusaria delicadamente a degustá-la se o pouquinho que me deixassem provar não pesasse mais que um miligrama.


A vida é uma loteria gigantesca, na qual só os números vencedores são visíveis. Você que está lendo este blog é um número vencedor. Sorte sua!!!


Textos extraídos do livro A Garota das Laranjas de Jostein Gaarder
Sugestão de Leitura ^^

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Paradoxo entre o certo e errado

Até onde podemor procurar uma ética onde a escolha que tomamos se nos apresente sempre como a escolha certa? É tão difícil viver assim... sabendo que nossas escolhas resultarão em alguam consequencia que nem mesmo planejamos :(



Será que é tão simples apenas viver sem se perguntar o por que de estarmos vivos? Será que é pecado questionar a existência de um Deus normativo? Por que tantas leis? Pra quê tantos codigos? De que lado você está? Quais são suas armas? Eu acho que estou do lado do bem...
com a luz e com os anjos



O traço que separa (Plebe Rude)
"Sem teoria, sem razão. Agindo apenas por intuição. Por vontade própria sigo em frente. Caminhando sem objetivo passo rente.


Entre dois pontos: a linha reta. Sem ajuda, nem motivação; superando as imposições. Uma voz interna persistente me faz continuar sempre em frente. Entre dois pontos: a linha reta. O traço que separa a menor distância sempre foi a linha reta. Traços que se cruzam, espirais que circulam, me tiram da linha reta.


Durma agora, sonhe tranqüilo. Tente achar algum sentido. Vá seguir a linha reta, sem garantir que é a certa, parece tão simples...


Qual é a força e inspiração? De onde vem tanta determinação? Quando caio me levanto sempre bem mais forte sigo em frente. Entre dois pontos: a linha reta. O traço que separa a menor distância sempre foi a linha reta. Traços que se cruzam, espirais que circulam, me tiram da linha reta.


O paradoxo entre o certo e errado. Escolha as armas e o seu lado. Vá seguir a linha reta, é só querer e será a certa...
parece tão simples..."

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Os Guardas da Ponte: até onde vai o senso de nossos governantes

Quinta-feira 22 de janeiro de 2009 iniciaram as minhas aulas na faculdade. Os que moram em Mossoró sabem que um dos caminhos mais facéis e rápido para se chegar na UERN saindo da Boa Vista é justamente pela Leste-Oeste. Nesta pista (segundo meu pai... perigosa) encontramos duas pontes que estão sob o rio Mossoró. A segunda ponte está já há algum tempo danificada. Sua barra lateral de proteção caiu. A prefeitura colocou umas "proteções" de madeira que em "pouco" tempo (mais de 50 dias) um ser humano sensato foi lá e em forma de protesto fez o favor de arrancar. Para segurança dos que transitam alí... a prefeitura investiu na construção de duas lombadas antes e depois da ponte; ou seriam "Tlombadas"? ¬¬' No dia em que as aulas retornaram... tive uma surpresa... dois guardas da SFA em pé ao lado das novas proteções de madeira...
segui meu caminho, mas, confesso até espalhar que não consegui tirar da mente aqueles dois homens parados, em um tédio colossal pastorando o nada. Na volta, resolvi parar, pois não acreditara que a prefeitura estava pagando uma empresa particular para protejer pedaços velhos de madeira. Com muita educação e um humor incrível, os guardas conversaram comigo e rimos muito da situação. Fiquei sabendo que durante o dia a prefeita paga outra empresa, que também disponibiliza mais dois guardas.
Putz, que lógica essa?! Não seria mais viável encaminhar logo o projeto de reconstrução da ponte? Tanto dinheiro, o meu dinheiro, o dinheiro do povo sofrido mossoroense, do povo que trabalha não sendo empregados onde deveriam ser administrado. Pagar uma empresa particular de vigilância pra proteger uma ponte que está de mal à pior?! Cadê o bom senso de nossos governantes?


Coitados, vão ter que ficar em pé, numa avenida perigosa, sujeitos a acidentes e até assaltos por conta da irresponsabilidade da prefeitura... que está só na espera de um futuro golpe de superfaturamento sobre um pedaço de concreto.

E a pergunta ecooa: Que País é Este????

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Titanomaquia


Segunda-feira 19 de Janeiro de 2009, um dia inesquecível.

Pelo menos... inesquecível pra mim, pro Marcelo e pra Gilrllan. Ah, observação, tenho certeza que também o foi para os dois outros plebeus, Rafael e Romero ahuahau



Mal cheguei de Tibau, fui a procura de uma van pra Canoa Quebrada, com o intuíto de assistir a apresentação dos Titãs. Seria meu primeiro show dos Titãs. Putz, "o pior"... de graça. Pois é, são as férias do ceará... um monte de shows massa por todo o Estado. Enquanto aqui... :'(



Fã que é fã assiste show onde? Na frente! E lá fomos nós para perto do palco. Romero, Rafael e os outros ficaram um pouco na lateral, uahauaha como é Romero? "É impossível não dançar um reagge ao som de Marvin?! uhauahau Concordo!



O show em si foi perfeito, tirando os RC's do Titãs, no mais... titânico!!!

Pulamos pra caramba, gritamos feito doidos>>> ROCK!!!

Não para nossa surpresa, o novo baixista que acompanha os Titãs quem é? Lee Marcucci, ex-Rádio Táxi. Putz, Marcelo quase vai ao choro. auhauahauah



No fim, Eu, Marcelo e Gil fomos a procura do camarim pra vê se falavamos com a banda... :'(

Não deu pra falar, falar, mas tivemos um contato rápido com Tony Belloto, Sérgio Brito e Paulo Miklos... porém, uma conversa legal e muitos elogios ao Marcucci. Mas, uma foto?! Ninguém levou câmera, putz, que coisa?! uahauah Não ficamos sem um registro graças a cobertura de uma Tv de Santa Catarina, TVMagia, com uma reporter super simpática que nos forneceu um click.



A "trupe" que estava em nossa van, retornou com algumas lembrancinhas... 4 palhetas (duas do Tony, um de Branco Mello - Joaquim!!! e uma do Lee Marcucii) das quais tres foram, a cima de xutos e pontapés conseguidas por Marcelo Jr. ahuahau



Obrigados meus amigos por tudo, vocês são phodas!!!

Saudoso poeta


Cresci escutando as músicas que minha mãe gostava. Confesso que as mesmas não corresponde ao gosto que acabei por me afinar com o passar do tempo. Porém, é necessário aqui relatar a força da poesia que se encontra nas letras de inúmeros mestres da cultura popular, quer seja no repente, no cordel ou em cantorias de viola.

O gosto musical de minha mãe era uma mistura das tradiçoes mais folclóricas que se possa achar em nosso Estado com a musicalidade brega das décadas de 50, 60 e 70... isso por influência de minha avó, segundo o que ela me conta.

Entres os nomes que ela mais ouvia se encontram os de Carlos Alexandre, Eliseu Ventania, Teixeirinha, Evaldo Freiro e o ainda contemporâneo Bartô Galeno. Vale salientar que meu nome era pra ser o de seu ídolo Carlos Alexandre... por muita insistência de papai, ela resolveu mudar para Alexsandro, uffa ¬¬'

Em Mossoró um dos pontos mais conhecidos da cidade é a tão famosa Estação das Artes. Lugar de festas, do espetáculo Auto da Liberdade e também é o local onde se encontra o Museu do Petróleo. O patrono desse prédio histórico que no passado era a estação férrea, justamente por onde entrava e saia a economia mossoroense é, não por menos, o cantador de viola Eliseu Ventania. Ele, na realidade era natural de Martins, mas veio para Mossoró e a adotou como terra mãe, ao que a mesma correspondeu.

Fico triste de pensar como pode o nosso tempo produzir tantas músicas ruins e nos esquecermos do passado, onde nossos poetas eram mais sinceros em seus pronunciamentos poéticos e musicais. Eliseu perdeu a visão por consequencia de cataratas, mas mesmo assim continuou a fazer sua arte. Tem uma poesia sua interpretada pela cantora Fernanda Takai da banda Pato Fu e é recordado no documentário "A pessoa é para o que nasce".

Abaixo uma poesia triste do grande mestre Ventania.



Ao pé da cruz

Eu fui um dia visitar o cemitério
Lugar de pranto, de tristeza e emoção
Fiquei sabendo que a vida é um mistério
Por uma cena que abalou meu coração

Foi lá que eu vi uma criança ajoelhada
Ao pé da cruz, a lamentar dizendo assim:
“Esta é a cova que mamãe está sepultada
Mamãe o mundo acabou-se para mim”

“A nossa casa permanece abandonada
Minha roupinha nunca mais ninguém lavou
Minha comida é tão mal feita e maltratada
Sou espancado por alguém aonde vou"

"Se adoeço, fico só, ninguém me assiste
Se estou chorando ninguém vem me consolar
Se vejo um filho chamar a mãe eu fico triste
Por que num tenho uma mãezinha pra chamar”

“Eu aconselho a quem tiver sua mãezinha
Agrade a ela, não lhe faça ingratidão
Eu sofro tanto nesse mundo sem a minha
Ninguém me olha, só recebo humilhação”

Eu estava perto observando aquela cena
A criancinha a soluçar sem ter ninguém
Agarradinha com a cruz eu tive pena
Não suportei, saí dali, chorei também

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Que Deus é esse?


A recrudescia da violência perpetrada na "Terra Santa" no últimos dias me fez refletir sobre dois questionamentos indispensáveis na retórica da humanidade: 1) Em uma guerra pode algum dos lados está certo? 2) Que Deus é este que permite que criançinhas sejam usadas como escudo e arcabouço de um mundo-cão? Bom, a primeira pergunta gostaria de discutir só depois, pois se necessita de mais tempo e espaço e esse texto ficaria por demais exaustivo. Gostaria de deter-me ao segundo questionamento:Qual é o lugar de Deus num mundo de iniqüidades? Até quando há de permitir tamanha luta entre o Bem e o Mal? Até Ele fechou os olhos diante das vítimas do nazismo em Auschwitz, dos soviéticos que pereceram no Gulag, da fome dizimando milhões depois da revolução chinesa? E hoje, "Senhor Deus dos Desgraçados"? Darfur, a África Subsaariana, o Oriente Médio... Então não vê o triunfo do horror, da morte e da fúria? Que Deus é este, olímpico também diante dos indivíduos? Olhemos a tristeza dos becos escuros e sujos do mundo, onde um homem acaba de fechar os olhos pela última vez, levando estampada na retina a imagem de seu sonho – pequenino e, ainda assim, frustrado... Até quando haveremos de honrá-Lo com nossa dor, com nossas chagas, com nosso sofrimento? Até quando pessoas miseráveis, anônimas, rejeitadas até pela morte, murcharão aos poucos na sua insignificância, fazendo o inventário de suas pequenas solidões, colecionando tudo o que não têm – e o que é pior: nem se revoltam? Se Ele realmente nos criou, por que nos fez essa coisa tão lastimável como espécie e como espécimes? Se ao menos tirasse de nosso coração os anseios, os desejos, para que aprendêssemos a ser pedra, a ser árvore, a ser bicho entre bichos... Mas nem isso. Somos uns macacos pelados, plenos de fúrias e delicadezas (e estas nos doem mais do que aquelas), a vagar com a cruz nos ombros e a memória em carne viva. Se a nossa alma é mesmo imortal, por que lamentamos tanto a morte, como observou o latino Lucrécio (séc. I a.C.)? Se há um Deus, por que Ele não nos dá tudo aquilo que um mundo sem Deus nos sonega? O que diriam os mais fiéis? Que estamos pagando por nossos pecados, não é mesmo? Mas que pecados sãos esses? Teria o filhinho de um judeu polonês nascido nos horrores da segunda guerra (e que aos cinco anos de idade viu seus pais serem executados antes dele na câmara) mais pecados que eu? Não sei... Será que é só “questão de sorte”? Pode nosso Deus ser lúdico? Ou poderiam essas coisas estar acontecendo para a fé destes desgraçados ser testada? Pode ser que isso seja só um prelúdio, uma vereda tortuosa para o tão sonhado paraíso... Gozado não é? Que senso de humor o Dele, mas se isso lhe ajudar a dormir à noite...
Partes deste texto foram extraídas do blog de Reynaldo Azevedo.
Romero Tertulino